Psicologia Hospitalar
- Fernanda Rosa
- 17 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de fev.
O que faz o Psicólogo no hospital?
A atuação do psicólogo no ambiente hospitalar é fundamental para a humanização do atendimento e o suporte emocional de pacientes, familiares e equipe de saúde. Diante de um cenário de vulnerabilidade, o acompanhamento psicológico contribui para a adaptação à nova realidade, auxiliando na aceitação do tratamento e no enfrentamento das dificuldades emocionais que surgem durante a internação. O suporte psicológico no hospital visa promover bem-estar, reduzir o sofrimento psíquico e fortalecer os recursos emocionais do paciente para lidar com o adoecimento e suas consequências.
De acordo com Simonetti (2018), a Psicologia Hospitalar tem como propósito oferecer um espaço de acolhimento onde o paciente possa expressar suas emoções e ter sua subjetividade validada. O processo terapêutico não busca atingir metas específicas, mas possibilitar que o indivíduo elabore simbolicamente sua experiência de adoecimento.
As doenças frequentemente estão associadas a sentimentos como angústia, traumas, desilusões, medos e preocupações, tanto reais quanto imaginárias. O trabalho do psicólogo nesse contexto é voltado para a escuta e compreensão desses aspectos subjetivos, auxiliando o paciente a lidar com as emoções que acompanham sua condição de saúde. Simonetti (2018) ressalta que, por meio da escuta qualificada, o psicólogo sustenta a angústia do paciente o tempo necessário para que ele possa processá-la e encontrar formas individuais de enfrentamento. Esse processo é singular para cada pessoa, pois se baseia em suas vivências e recursos internos.
(SIMONETTI, A. Manual de Psicologia Hospitalar. O mapa da doença. Belo Horizonte: Artesã Editora, 2018.)
O enfrentamento não se limita à busca por explicações para a situação atual, mas sim na aceitação consciente da realidade, permitindo a fluidez de emoções como medo, tristeza, irritação e angústia. Dessa forma, o enfrentamento pode ser compreendido como um processo afetivo que viabiliza a reorganização emocional do paciente, auxiliando-o na adaptação à nova realidade de maneira mais saudável e equilibrada.
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